.comment-link {margin-left:.6em;}

sexta-feira, agosto 25, 2006

A profusão contínua do agudo vocal, entrelaçando-se com as cores do corpo. Nas muitas pessoas presentes, o início criava um ambiente de estabilidade espiritual. As mãos delas conseguiam expressar as dificuldades encontradas no entendimento lingüístico; nas expressões faciais: o sentimento-natureza. Os tambores renasciam o sangue nosso; remontavam uma coincidência ancestral.
Palco sem enfeite, músicos postados em diagonal respeitosa; pouco diferia a troca efusiva das cores no alto. As roupas eram movimento. Era idade. As cabeças ao balançarem em compasso com os chocalhos, não estabeleciam o lugar-origem; voz, palma, boca forte no grito; eram todos nelas.
A individualidade não se apresentava como um personagem, mas como momento peça das várias facetas de um organismo.

*sobre a banda Mawaca; em show exibido no Teatro Tobias Barreto.

arnon gonçalves