Pedras dentro das barcas
De que são feitas as portas que os separam? Que madeira grossa é essa que os impede de tocar um ao outro? O que não chegou a eles, é estarem a ver o movimento dos pássaros entre as nuvens. Dentro de um céu azul, terem o mesmo olhar.
Ele quer perder a liberdade nela, ela quer perder-se nele, com liberdade.
Dunas, rio, mar, árvores; nada serve para ata-los. Quão vasto o mundo que não os aproxima? Corpos brancos nus sem espelho. Ânsia, sede, caminho em névoa, tudo sem nada. Veredas nebulosas com prados pássaros à espreita. O oculto ronda e faz girar as mentes.
O silêncio dela, nele, torna-se som. Uma voz que não fala, vibra em mistério. Quão é vasto o mundo das carícias corpo-coração?
Revoada de ódio de não tê-la. Descarrilo de trem nos corpos à beira das árvores.
Ele quer repousar e sacia-la. Ela quer sacia-lo e repousar. Venera como uma virgem. Venera-o como Ele.
Noites indormidas a pensar no outro. Dias em claro ao desejo de acordar ao lado – conheço-nos há pouco tempo. Esse pouco – que muito é em mim – trouxe o bem estar de sonhos cruzados.
Separados – juntos. Juntos – separados. Isso trás homens a fincar amores aos pés dela. Trás damas ao encontro com o inesperado nele, dele. Tardiamente trazem o que já têm dona. Ajoelham-se diante dela, sentindo portas abertas. Feras e cálice para ele, Rei com Rainha.
Perder-se neles, é ter encontrado algo que não tenho. Perder-se neles, é o querer que o mundo tenta encontrar. Quão é vasta a medida desse sonho? Acredito que a resposta é vê-los. Um a olhar o outro.
Ele quer perder a liberdade nela, ela quer perder-se nele, com liberdade.
Dunas, rio, mar, árvores; nada serve para ata-los. Quão vasto o mundo que não os aproxima? Corpos brancos nus sem espelho. Ânsia, sede, caminho em névoa, tudo sem nada. Veredas nebulosas com prados pássaros à espreita. O oculto ronda e faz girar as mentes.
O silêncio dela, nele, torna-se som. Uma voz que não fala, vibra em mistério. Quão é vasto o mundo das carícias corpo-coração?
Revoada de ódio de não tê-la. Descarrilo de trem nos corpos à beira das árvores.
Ele quer repousar e sacia-la. Ela quer sacia-lo e repousar. Venera como uma virgem. Venera-o como Ele.
Noites indormidas a pensar no outro. Dias em claro ao desejo de acordar ao lado – conheço-nos há pouco tempo. Esse pouco – que muito é em mim – trouxe o bem estar de sonhos cruzados.
Separados – juntos. Juntos – separados. Isso trás homens a fincar amores aos pés dela. Trás damas ao encontro com o inesperado nele, dele. Tardiamente trazem o que já têm dona. Ajoelham-se diante dela, sentindo portas abertas. Feras e cálice para ele, Rei com Rainha.
Perder-se neles, é ter encontrado algo que não tenho. Perder-se neles, é o querer que o mundo tenta encontrar. Quão é vasta a medida desse sonho? Acredito que a resposta é vê-los. Um a olhar o outro.
arnon gonçalves.
4 Comments:
100 blogs in 100 days, day 33: Energy Drink Reviews
Day 33 of 100 blogs in 100 days goes along way to justifying the theory that there is truly a blog for everyone and everything, from Dan Mayer.
Thanks for taking the time to create this blog! Sites like yours make the web a great place to find useful information!
I have a fuel efficiency web site that contains hard-hitting fuel efficiency information.
Come take a look and download my mind-blowing free report. You'll be glad you did! :-)
Acho q sei o que queres dizer. Está me doendo existir assim, apenas olhando a vida passar pelo buraco da fechadura. Maldita porta que nunca se abre pra mim...
Beijos :*
Acho q sei o que queres dizer. Está me doendo existir assim, apenas olhando a vida passar pelo buraco da fechadura. Maldita porta que nunca se abre pra mim...
Beijos :*
Gostei muito desse texto, parabéns!
Postar um comentário
<< Home